20/10/2014
Memórias da Infância
Por Cíntia
Em cada palavra uma memória,
em cada memória uma lembrança e
para tudo isso...uma história,
história que aqui contamos.
Que cheiro esse...
De café..
Da graxa...
Da chuva tocando na terra...
Do bolo assando no forno...
Quase podemos tocar, mesmo que seja intocável.
Os sabores, as comidinhas e as brincadeiras...quem diria!
De subir no muro para espiar.
No pé da goiabeira, jabuticabeira ou do abacateiro, que além de
frutas, foi o nosso brinquedo.
Andar de bicicleta só pra variar...
Férias na casa da avó...uma história pra contar.
No barranco que virava escorregador,
ou quando brincavámos de casinha, imitando a mamãe...
Descer de rolemã, não era só pra irmão, bate bola na rua
com o pé e com a mão.
Nas brincadeiras também tinha espaço para fofoletes, agarradinhos
e bonecas: Bate Palminha, Beijoca, Vanderleia e Mãezinha.
Eita brincadeira que lembra alegria, de água no tanque, na bica e no rio.
Subir na estante como se fosse torre e pular sem ter medo de um não.
Nãoooooo.... para o óleo de bacalhau, para o ovo de pato e da gemada.
Nãoooooo....para o Biotônico Fontoura, da inalação de eucalipto e do banho de caneca.
Brincadeiras que o imaginário se fez presente, da alegria e da
lembrança em que um dia fui criança.
25/02/2011
Felicidade

A chave da felicidade está dentro de nós: o livre arbítrio. Decisões que vêm num turbilhão e modificam toda uma existência... Não procrastine, não tenha medo de viver! Não há certezas, apenas tentativas. Tudo depende do que você decide neste exato instante. Cada dia tem o seu segredo: delicioso, mágico. A realidade é escolha sua, faça bom proveito!
Mudar os outros? Só se a outra pessoa quiser! Caso contrário, desista. É energia perdida. O segredo está na aceitação, aparando arestas... Agora, se o lado sombra do outro começar a incomodar e os defeitos saltarem aos seus olhos sem parar, bem... Está na hora de dar um tempo!
Medo de mudanças? É um atraso de vida. São transformações para o nosso crescimento pessoal, experiências para melhorarmos como indivíduos. Medo de dirigir, medo de separar, medo de ter filhos, medo de arrumar um novo emprego, medo de viajar, medo de se apaixonar, medo de sentir emoções, medo de gostar, medo de não dar certo, medo de aceitar desafios, medo de viver!
Vale a pena? Deixar de aproveitar as oportunidades da vida, por puro medo! Pode acontecer de tentar e não dar certo? Sim, pois o futuro a Deus pertence. Mas se realmente você quer, deseja com a sua alma, arrisque! Não sinta culpas, pense em sua felicidade. Não importa a duração e sim, a intensidade dos sentimentos. Prefira mil dias em um a um dia em mil. Programe-se para dar a virada na sua vida!
A realização profissional acontece se trabalhamos com paixão, numa atividade que nos completa. Trabalhar com energia, envolvimento, naquilo que gostamos, traz bem-estar, alegria de viver e equilíbrio. Como tudo que é feito com o coração aberto...
Onde colocarmos a energia chamada amor dá flores, frutifica e retorna em dobro. E o amor, meu amigo, é incondicional...
Tenha vida própria, atualize-se, torne-se interessante. Vá ao cinema, faça exercícios, estude, trabalhe como voluntário(a)! Vá à luta! Não use a desculpa da idade, dos filhos, do marido, da mãe. Você é o único responsável pela sua vida. Realize os seus sonhos, viva intensamente, sem medo de ser feliz! Termino com uma poesia inspiradora que recebi pela Internet, cujo autor infelizmente desconheço:
Morre lentamente
Quem não viaja,
Quem não lê,
Quem não ouve música,
Quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente
Quem destrói seu amor próprio,
Quem não se deixa ajudar.
Morre lentamente
Quem se transforma em escravo do hábito,
Repetindo todos os dias os mesmos trajetos.
Quem não muda de marca,
Não se arrisca a vestir uma nova cor
Ou não conversa com quem não conhece.
Morre lentamente quem evita uma paixão e
Seu redemoinho de emoções,
Justamente as que resgatam o brilho dos olhos e
Os corações aos tropeços.
Morre lentamente quem não vira a mesa
Quando está infeliz com o seu trabalho ou amor.
Quem não arrisca o certo pelo incerto
Para ir atrás de um sonho.
Quem não se permite, pelo menos, uma vez na vida,
Fugir dos conselhos sensatos...
Viva hoje! Arrisque hoje! Faça hoje!
Não se deixe morrer lentamente!
NÃO SE ESQUEÇA DE SER FELIZ!
18/01/2010
Olhar do futuro
Se há uma criatura que tenha necessidade de formar e manter constantemente firme uma personalidade segura e complexa, essa é o professor.
Destinado a pôr-se em contato com a infância e a adolescência, nas suas mais várias e incoerentes modalidades, tendo de compreender as inquietações da criança e do jovem, para bem os orientar e satisfazer sua vida, deve ser também um contínuo aperfeiçoamento, uma concentração permanente de energias que sirvam de base e assegurem a sua possibilidade, variando sobre si mesmo, chegar a apreender cada fenômeno circunstante, conciliando todos os desacordos aparentes, todas as variações humanas nessa visão total indispensável aos educadores.
É, certamente, uma grande obra chegar a consolidar-se numa personalidade assim. Ser ao mesmo tempo um resultado — como todos somos — da época, do meio, da família, com características próprias, enérgicas, pessoais, e poder ser o que é cada aluno, descer à sua alma, feita de mil complexidades, também, para se poder pôr em contato com ela, e estimular-lhe o poder vital e a capacidade de evolução.
E ter o coração para se emocionar diante de cada temperamento.
E ter imaginação para sugerir.
E ter conhecimentos para enriquecer os caminhos transitados.
E saber ir e vir em redor desse mistério que existe em cada criatura, fornecendo-lhe cores luminosas para se definir, vibratilidades ardentes para se manifestar, força profunda para se erguer até o máximo, sem vacilações nem perigos. Saber ser poeta para inspirar. Quando a mocidade procura um rumo para a sua vida, leva consigo, no mais íntimo do peito, um exemplo guardado, que lhe serve de ideal.
Quantas vezes, entre esse ideal e o professor, se abrem enormes precipícios, de onde se originam os mais tristes desenganos e as dúvidas mais dolorosas!
Como seria admirável se o professor pudesse ser tão perfeito que constituísse, ele mesmo, o exemplo amado de seus alunos!
E, depois de ter vivido diante dos seus olhos, dirigindo uma classe, pudesse morar para sempre na sua vida, orientando-a e fortalecendo-a com a inesgotável fecundidade da sua recordação.
Qualidades do Professor, Texto de Cecília Meireles, extraído do livro Crônicas de Educação 3

11/01/2010
"Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem que merecê-lo.
Tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre."
Carlos Drummond de Andrade
17/09/2009
Literatura de Cordel


MUITAS HISTÓRIAS, MUITA POESIA...
Quando se fala de literatura brasileira ou de qualquer outra, geralmente se aborda a literatura dos "grandes escritores", isto é, daqueles que escrevem "livros difíceis", como diria toda a faixa de público que não tem acesso a tais obras. Extensíssima no Brasil, essa faixa não conhece a literatura "tradicional", a literatura "oficial".
Mas não é preciso ter tido acesso à cartilha para gostar de contar e ouvir histórias. Em todo mundo, desde tempos imemoriais, à grande tradição da literatura escrita culta correspondeu sempre, em todas as culturas, a pequena tradição oral de contar. Às vezes, porém, o contador pegava o lápis e papel e se punha a escrever ou a ditar o que já estava na sua memória, ou o que de novo inventava, ampliando um pouco o seu público.
Quando surgiram as máquinas impressoras, a divulgação dessas obras de pequena tradição literária, estendeu-se a um número maior de leitores: algumas eram escritas em prosa; a maioria, porém, aparecia em versos, pois era mais fácil, a um público analfabeto, decorar versos e mais versos, lidos por alguém.
Esta foi a trajetória daquilo que se chamou, na França, literatura de colportage (mascate); na Inglaterra, chapbook ou balada; na Espanha, pliego suelto; em Portugal, literatura de cordel ou folhas volantes.
No Brasil, e também na América espanhola, a mesma trajetória foi seguida. Também aqui se conta e se canta, em prosa e verso. Há, em todo os país, uma longa tradição e a presença sempre atuante de cantoria, improvisos e desafios: os poetas populares dizem, em versos, suas mágoas, alegrias, esperanças e desespersos do dia-a-dia.
Esta atividade literária adquiriu características próprias no Nordeste brasileiro, muito provavelmente pelas condições da região, que fazem dela, até hoje, um foco especialmente rico em manifestações populares. Reintroduzindo a denominação portuguesa, os estudiosos chamaram essa literatura popular em versos de literatura de cordel. Mas, seus produtores e consumidores nordestinos chamam-na de simplesmente de folhetos. O público apreciador dessa literatura é geralmente constituído pelas camadas humildes da população rural ou urbana; mas há também leitores de classes mais elevadas que a admiram. E já foram comprovados casos de pessoas que aprenderam a ler e a escrever com folhetos de cordel.
BIBLIOGRAFIA
MESYER, Marlyse - Autores de cordel/Seleção de textos e estudo crítico
Leitura comentada - São Paulo: Abril Educação,1980.
ELIAS, José. Ciranda Brasileira - Editora Paulus.
BORGES, J. Cordel - Editora Hendra
Artigo: Folclorando na Escola
por Thelma Regina Siqueira Linhares.
Site: http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/educacao/educ90.htm
02/09/2009
“Um aluno pode reter importantes informações ou manejar com perfeição modernos computadores; pode ter excelente redação, fazer com rapidez cálculos e passar nos vestibulares. Todavia, se não tiver desenvolvido o espírito de cidadania, será aluno incompleto, fruto de trabalho incompleto.”
Cleide Terzi e Paulo Ronca
01/09/2009
Está nascendo...

Na verdade achava que nunca teria tempo para escrever e pesquisar para um blog.
Não vou dizer que sou totalmente adepta a tecnologia, ou seja, gosto de sentir e olhar para as pessoas com quem convivo, ver suas expectativas e suas reações, porém não posso negar que essa ferramenta possibilita que mais pessoas compartilhem diversas e novas experiências. Trocar ideias e opiniões ficavam exclusivas nas reuniões pedagógicas e na sala dos professores.
Algumas coisas ficam martelando na minha cabeça: Como meus alunos aprendem?
Qual é o meu papel dentro de sala? O que posso fazer para ampliar o conhecimento e melhorar nossas relações? Como buscar mudanças para uma sociedade individualista e consumista?
Através dessas dúvidas tenho uma certeza, nós professores temos uma grande responsabilidade.
Com essa parcela de otimismo e amor estaremos caminhando para uma educação renovadora e essencialmente prazerosa.
Com Carinho,
Cíntia